Notícias Julita

A Fundação Julita, reconhecida por seu compromisso com a promoção da qualidade de vida e defesa de direitos nas periferias de São Paulo, tem uma trajetória marcante também no atendimento à população idosa. Desde a década de 90, a organização atua na perspectiva da política pública de Assistência Social, oferecendo atividades voltadas para o fortalecimento da autonomia, da saúde e da integração social das pessoas idosas.

Foi nesse contexto que nasceu, em 2012, o projeto Resgate de Memória, uma iniciativa do Centro de Saúde da Fundação Julita. O projeto surgiu da percepção da importância de investir em atividades para a terceira idade, um público muitas vezes esquecido nas políticas públicas, que normalmente priorizam crianças e adolescentes. A proposta, desenvolvida por uma equipe multiprofissional composta por psicopedagogas, psicólogas e fonoaudiólogas, visava promover a saúde por meio da socialização, do entretenimento e do fortalecimento das capacidades cognitivas.

“O Resgate de Memória nasceu da necessidade de criar um espaço de escuta e valorização para essas pessoas idosas, cujas histórias muitas vezes são invisibilizadas. Queríamos oferecer mais do que atividades de lazer — queríamos promover o autoconhecimento, a autoestima e a socialização”, explica Janaina Dias, coordenadora do Centro de Promoção à Saúde da Fundação Julita.

Com a mediação de uma psicóloga, o projeto acabou focando no estímulo à memória funcional e afetiva. Foi então que surgiu a ideia de registrar as histórias de vida das participantes, criando um espaço de valorização das suas trajetórias e vivências. Desse processo nasceu o livro “Resgate de Memórias: Mulheres Território”, que reúne 11 histórias de vida, narradas por 12 mulheres de diferentes regiões e realidades.

“Cada relato traz a potência dessas mulheres, suas dores, suas alegrias e a resistência cotidiana que constroem. Esse livro é uma forma de eternizar essas vozes e mostrar como a memória pode ser uma ferramenta de transformação social”, destaca Janaina Dias.

 

O livro não apenas preserva essas memórias, mas também dá visibilidade a relatos permeados por amor, saudades, desafios, superações e a luta diária por direitos. Entre as narrativas, ganham destaque experiências marcadas por violações de direitos, mas também pela construção de afetos, amizades e pela força de mulheres que transformaram suas dores em resistência.

Para a produção do livro, a Fundação Julita buscou recursos que permitissem a edição dos relatos, somando dados, estatísticas e informações que contextualizam essas vivências, tão comuns a muitas outras mulheres dos territórios periféricos. A obra também conta com a participação de poetas do Jardim São Luís e de bairros vizinhos, que transformaram essas histórias em poesia, criando uma conexão ainda mais sensível e profunda com o público leitor.

“Resgate de Memórias: Mulheres Território” é mais do que um livro — é um convite à reflexão, à empatia e à valorização das vozes que muitas vezes permanecem invisíveis. São relatos que inspiram, emocionam e mostram a potência das memórias como ferramenta de resistência e transformação social.

Como forma de divulgação do livro, a Fundação Julita convidou as “mulheres território” para lerem trechos das poesias que foram inspiradas em suas histórias de vida. Alguns desses materiais você pode conferir clicando aqui. O material completo pode ser encontrado nas redes sociais da Fundação Julita, como Instagram e TikTok. Para acessá-lo, basta clicar nos links de cada rede social.

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