Notícias Julita

Durante o mês de março, trabalhando a temática do Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Centro de Educação pelo Esporte da Fundação Julita realizou uma ação educativa que propôs uma reflexão profunda sobre identidade, equidade de gênero e o papel histórico das mulheres negras na construção da sociedade brasileira.

Intitulada “Mulheres Pretas”, a atividade teve como principal objetivo valorizar o legado de figuras femininas negras que, apesar das adversidades impostas pelo racismo estrutural e pela desigualdade de gênero, se destacaram em diversas áreas do conhecimento e da cultura. A proposta integrou o calendário pedagógico do Programa Criança e Adolescente e foi pensada como uma estratégia de fortalecimento da identidade étnico-racial e promoção de narrativas históricas mais plurais.

Na composição das atividades, consistiam a utilização de recursos visuais, literários e orais para apresentar personalidades como Tia Ciata – símbolo da resistência cultural e do surgimento do samba no Rio de Janeiro –, Dandara dos Palmares – guerreira quilombola e liderança na luta contra a escravidão –, Rosa Egipcíaca – considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil colonial –, Esperança Garcia – reconhecida como a primeira advogada do país, por sua carta-denúncia enviada ao governador do Piauí em 1770 –, Maria Firmina dos Reis – pioneira da literatura abolicionista brasileira – e Luísa Mahin – ativista e figura fundamental nas revoltas escravas do século XIX.

A metodologia envolveu contação de histórias, rodas de conversa e atividades interativas que possibilitaram o diálogo e a construção coletiva do conhecimento. Ao final da vivência, os grupos participantes realizaram uma intervenção em um dos espaços de convivência da Fundação Julita. Como forma de valorização da experiência, foi organizada uma exposição fotográfica instalada na entrada do prédio do programa, reunindo imagens das mulheres apresentadas aos grupos e suas respectivas histórias.

A ação evidenciou não apenas a importância de reconhecer o 8 de março como data de luta por direitos, mas também a necessidade urgente de incluir referências negras femininas nos processos educativos. O impacto foi significativo: muitas crianças expressaram surpresa ao conhecer essas figuras históricas, revelando um cenário em que ainda é necessário ampliar o acesso a conteúdos que representem a diversidade da população brasileira.

Ao fomentar a construção de identidades positivas e o reconhecimento das contribuições de mulheres negras à sociedade, a Fundação Julita reafirma seu compromisso com a educação antirracista, inclusiva e transformadora.

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